O termo abrange níveis de gravidade que vão de leve a grave, como se fosse uma montanha russa, em que algum momento pode estar em cima e outro momento embaixo. Suas manifestações podem diferenciar-se de sujeito a sujeito, resultando sempre em um caso singular.

Quando se trata do espectro do transtorno bipolar, abrangem-se outras manifestações não especificadas no DSM-5, como é o caso da “depressão moderada + hipomania” e da “hipomania + mania”. Além dos sintomas chave do transtorno bipolar, o espectro engloba também traços de temperamento. Desta forma, as manifestações do espectro ocorrem mesmo na ausência de um episódio bem definido de humor.

É importante destacar outro ponto sobre o espectro; trata-se da forma em que a manifestação de uma pessoa pode mudar conforme o tempo. Por exemplo, em um momento da vida, ela poderia apresentar um comportamento hipertímico e depressão moderada, enquanto em outro momento ela poderia apresentar episódios de mania completos e episódios de depressão maior, por exemplo.

O diagnóstico de um espectro bipolar seria muito útil por promover uma abordagem dimensional da psicopatologia do humor. Um diagnóstico dimensional seria mais sensível ao processo de “adoecimento”, detectando os sintomas do transtorno bipolar antes de eles se tornarem sérios o suficiente para se encaixarem nos critérios atuais e, portanto, podendo ser administrados antes do surgimento de maiores prejuízos.

Contudo, a ideia de espectro bipolar contribui para que menos pacientes sejam inadvertidamente medicados com antidepressivos, piorando o curso de suas doenças. No entanto, é necessária cautela para evitar-se a diluição do conceito com a consequente perda dos princípios fundamentais do atendimento médico, a saber: diagnóstico e tratamento.

Com todo carinho 
Sua psicóloga 
Sâm
O conteúdo é apenas reflexivo e não substitui a psicoterapia para informações acesse link abaixo

Sâmara Gomes
Psicóloga Clínica - CRP 22/00695

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